Senti-me confusa. Como se tudo estivesse a acontecer mais eu não estivesse a perceber. Certamente que não percebia nada. Não sabia de que lado vinham as verdadeiras mentiras, não sabia em quem podia confiar e com quem podia contar. Ontem disse para mim mesma que não vale a pena forçar o que não é. Não vale? Não, não vale. Ao forçar, só magoa mais. Pode ter sido pouco tempo, até podia ter sido ainda menos tempo. Mas o tempo, não deixa de ser tempo por ser muito ou pouco. O tempo continua a existir. Ouvi dizer que: o tempo cura tudo. Cura? Eu não acho. Até posso estar bastante errada, mas em mim não curou nada, aliás, só fez sentir mais saudade e só trouxe mais confusões. Um estava sentado no bando de jardim à minha espera. Aquele que todos consideram um deus. Outro estava a vir em direcção a mim para me abraçar. Vamos ver, escolhas? Escolhas são dificeis e bastante complicadas. Então: que venha o Diabo e escolha! Ai ai, se fosse tão simples quanto isso! O Diabo pode fazer muita coisa, mas não faz nada melhor do que eu, nisso acredito fiamente! Bem, é melhor ser eu a escolher. Não, não pode ser ao calhas nem ao acaso! Senão também não ia dar em nada. Vou pensar muito bem. Pôr as cartas paralelamente juntas, comparar e ver os trunfos. Não gosto de jogos, mas gosto de estar em jogo. Não gosto de pressão, e sim, sinto-me pressionada. Sapos, principes, bolas, agulhas, carros, sapatos, cabelos, olhos, corpo, cara. Mas há mesmo sapos que se transformam em principes? Cá eu duvido. As agulhas picam! A bolas são planas. Os carros andam. Os sapatos calçam-se. Os cabelos podem ser loiros, pretos ou castanhos. Os olhos azuis, verdes, castanhos ou pretos. Ou cospulento ou trinca espinhas. Lindo ou feio. Não, não dá para ir por esses parametros, é muito relativo. Secalhar é mesmo melhor: Venha o Diabo e escolha!
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